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domingo, 19 de junho de 2011

O dia em que morri

“Houve um dia em que morri, morri totalmente, morri para (minhas) opiniões, preferências, gostos e vontades; morri para o mundo, sua aprovação e censura; morri para aprovação ou condenação da parte de meus amigos. E, desde então, tenho-me esforçado tão somente para ser aprovado por Deus”
(George Müller)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

sábado, 11 de junho de 2011

Vocação: discernindo o seu chamado

Mordomia é o cultivo dos recursos que Deus fornece. A Bíblia nos diz que um dos mais importantes que Deus nos deu foram nossos dons, aptidões, talentos e habilidades. Um dos sacramentos da igreja medieval era o Sacramento das Ordens Sacerdotais, que dividia o mundo entre “religioso” e “secular”. Aqueles que iam para o ministério em tempo integral nas igrejas como padres, monges ou freiras, estavam em um patamar espiritual completamente diferente daqueles que não iam. Um dos principais objetivos da Reforma Protestante foi suplantar essa visão com o ensinamento bíblico do sacerdócio de todos os crentes (1 Pedro 2.9). Martinho Lutero insistia que todas as formas de trabalho eram chamados que honravam a Deus. Ser um fazendeiro, um artesão ou um artista era uma vocação, um chamado de Deus, tanto quando ser um pregador. Por quê?

Todas as formas de trabalho são uma participação no trabalho de Deus

Deus criou o mundo pelo seu Espírito (Gênesis 1.1-3) e continua a cuidar e sustentá-lo pelo seu Espírito (Salmo 104.30), regando e enriquecendo-o (Salmo 65.9-13) e alimentando e suprindo as necessidades de todos os seres viventes (Salmos 145.15-16 e 147.15-20). De fato, o próprio propósito da redenção é restaurar completa e totalmente a criação material (Apocalipse 21 e 22). Deus ama tanto o mundo que criou que enviou seu Filho para redimí-lo. Esse mundo é, em si mesmo, bom; não é apenas um palco temporário para a salvação individual.

Se o Espírito Santo é não somente um pregador que convence as pessoas do pecado e da graça (João 16.8-11; Tessalonicenses 1.5) mas também um jardineiro, um artista e um investidor na criação que renova o mundo material, não é possível ser mais espiritual e próximo de Deus sendo um pregador do que ser um fazendeiro, um artista ou um bancário. Para dar apenas um exemplo, o evangelismo é um trabalho temporário, enquanto a música é um trabalho permanente. Nos novos céus e nova terra, os pregadores estarão desempregados! Em última análise, o propósito do evangelismo é buscar um mundo em que os músicos serão capazes de executar seu trabalho com perfeição.

Todas as formas de trabalho são meios de servir aos outros

Imagine quanto tempo levaria para fazer você mesmo uma cadeira. Você não teria que só cortar e moldar a madeira, mas também teria que fabricar as ferramentas. Para fazer as ferramentas, teria que buscar os minerais para fazer o metal. Levaria meses, talvez anos, para fazer todas as coisas necessárias para construir a cadeira. Quando você compartilha do trabalho dos outros, entretanto, você pode comprar uma cadeira com o dinheiro equivalente ao número de horas do seu trabalho, não com meses de esforço. Mesmo se você quiser mesmo fazer a cadeira, você pode comprar as ferramentas criadas por outros.

Qualquer trabalho, por conta dos desígnios de Deus, é um serviço. Através do trabalho, edificamos uns aos outros e nos tornamos cada vez mais ligados. Quando cristãos realizam trabalho “secular”, eles funcionam como sal e luz no mundo (Mateus 5.13-16). Agricultura e administração, babás e advogados, medicina e música – todas essas formas de trabalho cultivam, cuidam e sustentam o mundo criado que Deus fez e ama. Somos todos ministros (sacerdotes) da comunidade humana, em nome de Deus.

Trabalho é pegar o material bruto da criação de desenvolvê-lo para o bem dos outros. Músicos pegam o material bruto do som e trazem o significado artístico para nossas vidas. Fazendeiros pegam o material bruto do solo e das sementes e trazem alimento para nossas vidas. Isso significa que somos ministros de Deus em nosso trabalho não só quando estamos testemunhando ou falando diretamente de Jesus, mas quando estamos simplesmente fazendo nosso trabalho. Uma artista está servindo a Deus quando faz boa música, não apenas quando ela está cantando sobre a volta de Jesus.

Timothy Keller é pastor da Igreja Presbiteriana Redentor em Nova York, EUA. Autor de vários livros, entre eles (em português): O Deus Pródigo, A Fé na Era do Ceticismo e Falsos Deuses.

Traduzido por Filipe Schulz | iPródigo.com |
http://iprodigo.com/traducoes/vocacao-discernindo-o-seu-chamado.html