ALEGRIA: nossa marca • AMAR A DEUS: nossa vida • FAZER DISCÍPULOS: nossa missão

Av. Rio Do Ouro s/n • (próximo a Delegacia de Rio do Ouro/75DP) • Niteroi, CEP 24330-250, Rio de Janeiro-RJ
Tel. 26178058 • email: ipro.presbiteriana@gmail.com

domingo, 23 de outubro de 2011

A Glória de Deus


O gozo de Deus é a única felicidade com que a nossa alma pode ser satisfeita. Ir para o céu e desfrutar plenamente de Deus é infinitamente melhor do que as acomodações mais agradáveis daqui. Pais e mães, maridos, esposas, ou filhos, ou a companhia dos amigos da terra, são apenas sombras, mas Deus é a substância. Esses são apenas raios de luz espalhados, mas Deus é o sol. São apenas fontes de água diminutas. Mas Deus é o oceano. Por isso, cabe-nos gastar esta vida apenas como uma jornada para o céu, assim como cabe-nos fazer dessa busca o nosso objetivo maior e bem particular, o trabalho de nossas vidas, ao qual devemos subordinar todas os outros interesses da vida. Por que deveríamos trabalhar ou aplicar nosso coração em qualquer outra coisa que não seja o nosso fim apropriado e verdadeira felicidade?

(Jonathan Edwards, citado por Justin Taylor em “Fascinado pela Glória de Deus”, livro publicado pela Ed. Cultura Cristã/IPB)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O sofrimento - Salmo 88


Pregação do Rev. Augustus Nicodemus Lopes, no Salmo 88, falando sobre o sofrimento à luz da Teologia Reformada.

sábado, 8 de outubro de 2011

Durante todo o mês de outubro, estaremos celebrando o maior movimento de avivamento e renovação que a igreja de Cristo já passou desde o seu nascimento: a Reforma Protestante. Todas as mensagens nos cinco domingos deste mês, terão como tema, um dos pilares da Reforma, chamados de solas. A abertura desta programação será no dia 2 de outubro, durante a celebração da ceia do Senhor, às 9h. Os solas são uma forma de concisão de apresentar os principais ensinamentos da Reforma, e consequentemente da nossa fé. São eles:

Somente a Escritura (Sola Scriptura)
Reafirmamos a Escritura inerrante como fonte única de revelação divina escrita, única para constranger a consciência. A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado. Negamos que qualquer credo, concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o Espírito Santo fale independentemente de, ou contrariando, o que está exposto na Bíblia, ou que a experiência pessoal possa ser veículo de revelação.

Somente Cristo (Solus Christus)
Reafirmamos que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai. Negamos que o evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé em Cristo e sua obra não estiver sendo invocada.

Somente a Graça (Sola Gratia)
Reafirmamos que na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça. A obra sobrenatural do Espírito Santo é que nos leva a Cristo, soltando-nos de nossa servidão ao pecado e erguendo-nos da morte espiritual à vida espiritual.
Negamos que a salvação seja em qualquer sentido obra humana. Os métodos, técnicas ou estratégias humanas por si só não podem realizar essa transformação. A fé não é produzida pela nossa natureza não-regenerada.

Somente a Fé (Sola Fide)
Reafirmamos que a justificação é somente pela graça somente por intermédio da fé somente por causa de Cristo. Na justificação a retidão de Cristo nos é imputada como o único meio possível de satisfazer a perfeita justiça de Deus.
Negamos que a justificação se baseie em qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou com base numa infusão da justiça de Cristo em nós; ou que uma instituição que reivindique ser igreja mas negue ou condene sola fide possa ser reconhecida como igreja legítima.

Glória a Deus Somente (Soli Deo Gloria)
Reafirmamos que, como a salvação é de Deus e realizada por Deus, ela é para a glória de Deus e devemos glorificá-lo sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente.
Negamos que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entretenimento, se negligenciarmos ou a Lei ou o Evangelho em nossa pregação, ou se permitirmos que o afeiçoamento próprio, a auto-estima e a auto-realização se tornem opções alternativas ao evangelho.
(Fonte: Declaração de Cambridge)

Sacerdócio universal dos crentes
Todos os que creem no Senhor Jesus como único e eterno salvador têm livre acesso a presença de Deus. Não precisamos de sacerdotes, levitas (antigos e modernos), nem santos ou qualquer ser humano que arrogue pra si alguma superioridade em relação aos demais cristãos, para irmos a presença de Deus. Somente por meio de Cristo, de sua obra consumada na cruz, temos livre acesso ao Santos dos santos. Também afirmamos que todos os crentes podem e devem lêr as Escrituras individualmente na sua própria língua, sob a iluminação do Espírito Santo, e respeitando devidamente as regras de interpretação da mesma, pois aquilo que é necessário pra salvação e vida do homem, é claramente expresso nas Escrituras. Finalmente, cremos que todo cristão foi chamado por Deus para o serví-lo, e para isso, recebeu dons e talentos pra serem usados na diversidade de vocações onde pode serví-lo. Afirmamos que não há qualquer distinção entre o chamado que o crente recebe pra servir a Deus, seja na igreja ou no mundo, pois “tudo deve ser feito para glória de Deus”. Essa verdade que levou Lutero a afirmar que “os trabalhos dos monges e sacerdotes, por mais santos que sejam, não diferem um til à vista de Deus das obras do rústico lavrador no campo, ou da mulher nos afazeres diários da casa, mas todas as obras são medidas perante Deus somente pela fé. Na verdade o trabalho de um domestico muitas vezes é mais aceitável para Deus do que todos os jejuns e demais obras de um monge ou sacerdote, quando o monge e o sacerdote não tem fé”.

Oramos a Deus que nos fale profundamente nesses dias, que sua Palavra venha de encontro as nossas necessidades, revele nossos pecados e nos leve de volta em arrependimento e adoração ao nosso Senhor Jesus Cristo, pra glória de Deus.

Steve Jobs, transcendência e imanência


David Zekveld Portela

Nas últimas horas fui surpreendido com a emoção que a morte de Steve Jobs causou em mim. Nunca o conheci pessoalmente. Em 2001 estive na conferência Macworld, em Nova Iorque, pouco antes dos ataques de 11 de setembro, e tive a oportunidade de presenciar o seu brilho enquanto Steve fazia o que mais gostava de fazer: apresentar ao mundo uma nova invenção, na qual havia investido inúmeras horas e quantidades inestimáveis de energia. Seu amor pela Apple e pelos produtos que criou, junto com a sua equipe, transparecia claramente. Não havia nada de forçado ou falso em sua apresentação, e era óbvio que ele realmente acreditava que as suas inovações tecnológicas representavam não apenas uma revolução na indústria, mas uma contribuição importante para a nossa civilização, mudando o nosso jeito de trabalhar, divertir e relacionar.

Transcendência

Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim.

~ Eclesiastes 3.11

Quem já assistiu ao excelente Pirates of Silicon Valley (Piratas do Vale do Silício) conhece um pouco da jornada de Steve. Há algumas cenas no filme que demonstram o desejo que o Steve tinha pela transcendência, a sua busca por algo além da nossa realidade. Esse desejo levou Steve, na sua juventude, a buscar respostas em lugares não convencionais. Viajou bastante com diversas drogas e passeou na Índia, flertando com o misticismo Hindu e aterrissando enfim no Budismo, religião que – aparentemente – seguiu até a sua morte. Talvez esse desejo de atravessar o espelho e descobrir o que havia do outro lado, de trazer idéias para o nosso lado que fossem mágicas e que não se comportassem às nossas noções do que era possível ou permissível, tenha sido o que o levou a descartar os limites que o cercavam no mundo da tecnologia e a pensar de forma diferente.

Foi esse o tema da campanha Think Different que a Apple lançou em 1997, logo após a volta de Steve à Apple:

Here’s to the crazy ones. The misfits. The rebels. The troublemakers. The round pegs in the square holes. The ones who see things differently. They’re not fond of rules. And they have no respect for the status quo. You can quote them, disagree with them, glorify or vilify them. About the only thing you can’t do is ignore them. Because they change things. They push the human race forward. And while some may see them as the crazy ones, we see genius. Because the people who are crazy enough to think they can change the world, are the ones who do.

Essa é uma homenagem aos loucos. Aos desajustados. Aos rebeldes. Aos criadores de caso. Às peças redondas nos buracos quadrados. Aos que vêem as coisas de forma diferente. Eles não gostam de regras. E eles não têm nenhum respeito pelo status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou difamá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Eles impulsionam a raça humana. Enquanto alguns os vêem como loucos, nós reconhecemos o seu brilho. Porque as pessoas que são loucas ao ponto de pensar que podem mudar o mundo, são as que de fato, o mudam.
Não há dúvida que Steve tenha conseguido isso. Sua liderança na Apple, na NeXT e na Pixar alavancaram inovações em múltiplas indústrias. Foi pioneiro no cinema digital, produzindo obras primas como Toy Story e A Bug's Life (Vida de Inseto) quando o resto da indústria pensava ser impossível atingir esse nível de sofisticação, e conseguiu fazê-lo com roteiros interessantes e atores cativantes. Transformou o computador de uma caixa cinza chata e barulhenta em uma obra de arte, desde o primeiro iMac até o atual MacBook Air, façanha que seus concorrentes até hoje tentam copiar. Mudou o nosso modo de interagir com a tecnologia, distilando idéias "apropriadas" da Xerox para criar a interface gráfica de janelas e menus, popularizando o mouse como instrumento de controle, revolucionando novamente a interfáce gráfica com o Mac OS X (que continua a influenciar profundamente o Windows) e por uma terceira vez, com o iOS. Sacudiu a indústria musical com o iPod e o iTunes, transformando a Apple na maior vendedora de música do mundo e possibilitando que carregássemos as nossas audiotecas completas no bolso. Revolucionou o conceito de smart phone com o iPhone, de maneira tal que os smart phones que o antecederam ficaram com aparência de asno. E no fim, conseguiu fazer o que o resto da indústria de informática tentava há mais de uma década: introduzir o tablet na sociedade de uma forma tão profunda que já faz parte integral das vidas de muitos.

Imanência


Se o desiderium aeternitatis (o anseio pela eternidade) estava claramente presente na vida de Steve, sua jornada aparentemente nunca o levou a reconhecer Aquele que é transcendente, ou a conhecer a Sua imanência. Isso dá uma dimensão ainda mais grave à sua morte, pois nem o brilho que demonstrou, nem as riquezas que gerou, nem a beleza dos produtos que criou, o seguirão no próximo passo de sua jornada. E isso faz parte da minha tristeza nesse momento, ao refletir sobre uma vida cheia de promessa e potencial, brilho e bonança, criatividade e convicção, sucesso e…

Esse ser humano, feito na imagem de Deus, verdadeira obra de arte divina, que expressava a criatividade e beleza do Criador naquilo que produzia, e cuja morte deixa a nossa civilização empobrecida em arte e visão, muito provavelmente morreu sem salvação.

Mais do que qualquer dor que possa sentir por ter admirado o homem há quase 25 anos, mais do que o sentimento de ter perdido alguém que mudou muitos aspectos práticos da minha vida e que possibilitou muitas etapas de minha carreira, mais do que a tragédia do potencial perdido por causa de uma doença silenciosa, porém mortal, que também afeta a minha família, é isso o que me entristece: Steve Jobs, quase certamente, morreu sem conhecer a Jesus como seu Redentor e Senhor.

É importante reconhecer o brilho do homem, e de onde veio. É louvável entristecermo-nos com a perda para a nossa civilização e sociedade. Mas é essencial compreendermos que nessa vida, não há nem Undo, nem Restart. As decisões que tomamos aqui são o que determinam o nosso destino eterno, e o único caminho para a vida eterna é através de Jesus Cristo:
E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.

~ Hebreus 9.27

Nossas orações estão com a família de Steve, e nosso desejo é que eles possam conhecer Aquele que é Transcendente, Imanente, Amor, Bondade, Justiça e Verdade.