Rembrandt, Old man
C. H. Spurgeon
Segundo Esopo, certa mulher idosa encontrou um cântaro vazio que estivera cheio de vinho de primeira e ainda preservava o aroma perfumado do antigo conteúdo. Avidamente, ela o aproximou várias vezes do nariz e, movimentando o jarro de um lado para o outro, dizia: “Ah, que delícia! Que bom deve ter sido este vinho quando esteve dentro deste recipiente que, até hoje, conserva um perfume tão doce!”
Os homens muitas vezes se agarram aos seus vícios quando já se foi a capacidade de aproveitá-los. As lembranças das festanças e extravagâncias parecem agradáveis ao ímpios de idade avançada. Eles farejam as garrafas vazias de sua insensatez e tudo o que desejam é embebedar-se novamente com elas. A idade não cura um coração mau, mas traz à luz, de maneira ridícula e profundamente dolorosa, a indelével perversidade da natureza humana.
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